Servidora Daniela Poletto foi homenageada com Prêmio de Reconhecimento Funcional concedido pelo Governo do Estado
Daniela recebeu o Prêmio em cerimônia realizada no Palácio Piratini.
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A servidora Daniela Poletto, da Uergs em Vacaria, recebeu o Prêmio de Reconhecimento Funcional 2025 na tarde desta quarta-feira (29/10). A iniciativa tem o objetivo de reconhecer e valorizar servidores(as) e equipes que fazem a diferença na administração pública estadual. O Prêmio é concedido pela Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão do RS (SPGG) e foi entregue em uma cerimônia realizada no Palácio Piratini, em Porto Alegre.
A edição de 2025 do Prêmio de Reconhecimento Funcional contemplou duas categorias: “Destaques Funcionais – Atitudes que Inspiram” e “Destaques em Inovação – Ideias que Transformam”. A primeira reconhece servidores(as) que se sobressaem por conduta ética, espírito colaborativo e compromisso com o interesse público. A segunda, por sua vez, premia ações inovadoras desenvolvidas por equipes que geraram melhorias concretas na gestão pública e nos serviços para os(as) cidadãos(ãs).
Daniela foi agraciada com o prêmio na categoria Destaques Funcionais - Atitudes que inspiram, e recebeu o certificado das mãos do governador Eduardo Leite. A vice-reitora da Uergs, Rochele Santaiana, acompanhou a cerimônia.
Daniela ingressou na Uergs em 2009 como agente administrativa lotada em Vacaria, onde atuou como chefe da Unidade por sete anos e agora está voltando a essa função. No currículo acadêmico, Daniela tem o bacharelado em Administração, uma especialização em Gestão de Pessoas e o Mestrado em Administração, concluído em 2018 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Na dissertação do Mestrado, Daniela investigou o processo de inserção profissional de pessoas egressas dos cursos de graduação da Uergs.
Para a servidora, receber a indicação ao Prêmio de Reconhecimento Funcional foi uma surpresa. Confira o depoimento de Daniela sobre como se sente ao receber a homenagem:
“Recebi com surpresa a indicação e o resultado. Em um primeiro momento, não me achei merecedora da indicação e muito menos do prêmio. Nem tive coragem de pedir que votassem em mim. Não contei para ninguém que iria receber o prêmio e cogitei não ir na cerimônia. Não me encontro em uma boa fase profissional e ontem durante a viagem refleti sobre muitas coisas. Talvez alguns colegas se identifiquem com o que vou falar aqui porque somos humanos e passamos por muitas fases na vida.
Eu iniciei na Uergs há 16 anos, com 26 anos de idade. Já trabalhava no setor público desde os 20. Era solteira, morava com meus pais, podia me dedicar integralmente ao trabalho e aos estudos. Terminei a graduação, fiz um curso de especialização e participei de muitos conselhos dentro da Uergs. Conheci muita gente. Naquele tempo as reuniões eram presenciais, então eu ia nos setores conversar e trocar ideias sobre as demandas da Unidade. Representava a Unidade dentro do município também. Era uma chefe dedicada, organizada e produtiva. Se esse prêmio tivesse vindo naquele momento, com certeza eu me acharia merecedora. Era minha melhor fase profissional.
Aos 32 anos, eu iniciei um mestrado em Porto Alegre e reduzi minha carga horária de trabalho. Queria me qualificar, estudar, viver coisas novas. Isso durou 2 anos e voltei a me dedicar integralmente ao trabalho. Nesse momento já estava casada, mas ainda não tinha filhos. Em 2020, no mês que a pandemia começou, o João nasceu. Eu estava com 36 anos. Teletrabalho, maternidade e 1 ano depois o diagnóstico da doença rara dele. E aí veio a rotina alimentar super regrada, os amidos de 4 em 4 horas, as restrições da dieta. E, é claro que a minha família se tornou a prioridade.
Mas esse ano foi ainda mais desafiador. Sabe aquela fase da vida onde nossos pais começam a precisar de nós e temos os filhos pequenos que ainda dependem muito? Pois então, me senti pequena para dar conta de tudo. Estive tão ausente da Uergs. Como assim um prêmio nesse momento? Eu não mereço. E foi aí que comecei a refletir e vi que não são os momentos, mas a trajetória que é construída.
Percebo que em todas essas fases “atribuladas” da nossa vida, o trabalho precisa ter significado pra gente querer ficar. Trabalho não é só dinheiro. Trabalho é identidade, é pertencimento, precisa ter sentido e significado. Alguns colegas que votaram em mim elogiaram minha habilidade conciliadora, meu conhecimento de Uergs como um todo, a iniciativa de buscar soluções para os problemas que se apresentam. Compreendo que mais do que o conhecimento e as habilidades que eu adquiri ao longo da vida, são as atitudes que fazem a diferença no dia a dia. São as atitudes que inspiram. E, sem saber, eu estava inspirando e me sinto feliz e grata por isso.
Obrigada a todos que acreditaram em mim, mesmo quando eu não acreditei, esse prêmio é de todos nós que não fugimos das responsabilidades com discursos prontos de que não há recursos (humanos e financeiros), que acreditamos que vale a pena fazer o bem diariamente e que vale a pena servir à sociedade com respeito, dedicação e responsabilidade. Espero do fundo do coração que todos possam, assim como eu, olhar para suas trajetórias e encontrar propósito nessa escolha que fizemos de trabalhar pelo bem comum”.
Prêmio Destaque Funcional
A premiação foi criada em 2024 com o objetivo de homenagear as estruturas do governo estadual que mais se destacaram no enfrentamento das enchentes. Na edição de estreia, 34 placas foram entregues a representantes da administração direta e 32 a fundações e autarquias.
Ao todo, 75 servidores do Estado foram homenageados em 2025, sendo 46 na categoria “Atitudes que Inspiram” e 29 pertencentes às seis equipes premiadas na categoria “Ideias que Transformam”. Simbolizando a distinção, cada servidor(a) recebeu um certificado e um pin dourado, entregue pela autoridade máxima de seu órgão.
A escolha das pessoas homenageadas na categoria “Atitudes que Inspiram” foi realizada pelos(as) próprios(as) colegas. Os três nomes mais indicados de cada secretaria, órgão ou entidade foram submetidos à votação interna, que definiu os vencedores.
No caso da categoria “Ideias que Transformam”, as inscrições foram submetidas pelas próprias equipes, que apresentaram uma iniciativa e os resultados alcançados a partir dela. Uma banca especializada avaliou as propostas, considerando o impacto gerado, a criatividade e o empreendedorismo, além da institucionalização da solução.
Por: Daiane de Carvalho Madruga
Com informações da SPGG
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