Governo do Estado do Rio Grande do Sul
Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia
Início do conteúdo

Uergs tem 19 unidades em regiões em estado de calamidade pública ou situação de emergência; dados são de Observatório da Uergs

Publicação:

Mapa dos municípios gaúchos em estado de calamidade e situação de emergência
Mapa dos municípios gaúchos em estado de calamidade e situação de emergência - Foto: Suelen Cristine da Silva.

O Observatório do Clima e Território lançou um mapa dos municípios gaúchos em estado de calamidade e situação de emergência, com a indicação da localização das unidades universitárias da Uergs. Das 23 unidades da Universidade, oito estão em regiões em estado de calamidade pública e 11 em áreas em situação de emergência. O mapa é baseado em dados do IBGE e do Decreto 57.626/24 do Governo do Estado do Rio Grande do Sul e foi elaborado pela professora Suelen Cristine da Silva. 

O “Observatório do Clima e Território” foi criado na Uergs com foco na construção de um Repositório com informações sobre a comunidade universitária e regiões impactadas pelas chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul. Composto por um grupo interdisciplinar de professores(as) e estudantes da Universidade, o Observatório envolve atualmente dez unidades universitárias e é coordenado pelo professor Paulo Ott e pela professora Marcia Berreta.

“A iniciativa pretende pesquisar e monitorar o território do Rio Grande do Sul, especialmente nas regiões onde a Uergs está inserida, sendo uma fonte de informações científicas relevantes para compreender o processo de mudança climática e seus efeitos socioambientais”, projeta o professor Paulo Ott.

Recentemente, o Observatório lançou um site para coletar e gerenciar informações atualizadas sobre a situação de estudantes e funcionários(as) da Uergs, especialmente nesse momento de calamidade pública no Rio Grande do Sul. Além de mapear a situação da comunidade universitária, a ferramenta possibilita a identificação das principais perdas e necessidades básicas afetadas em consequência das enchentes. O site foi desenvolvido por Allan de Deus e Artur de Camargo, estudantes de Engenharia  de Computação da Uergs em Guaíba, sob a supervisão técnica do professor Celso Maciel da Costa. 

O coordenador explica que a partir do Observatório serão lançados outros produtos, além do site e do mapa lançados recentemente. A curto prazo, as principais principais metas do Observatório são formar uma rede de pesquisa colaborativa sobre o clima e o território na Universidade, com especial atenção aos 23 municípios onde estão localizados os diversos campi da Uergs; e estruturar um repositório digital na Universidade para armazenar um banco de dados e os produtos resultantes do Observatório.

“A proposta visa estruturar um Observatório permanente na Universidade, capaz de coletar, produzir, analisar e armazenar informações científicas relevantes para compreender, prevenir e minimizar os efeitos das mudanças climáticas sobre a sociobiodiversidade no Rio Grande do Sul”, pontua Ott.

Os dados produzidos pelo Observatório do Clima e Território já estão auxiliando a gestão da Uergs na tomada de decisões que envolvem as atividades acadêmicas e administrativas da Universidade. 

A reitora, Sandra Lemos, conta que a criação do Observatório é fruto das discussões do Comitê de Assessoramento Técnico, criado recentemente, que trata das questões relacionadas ao Clima. 

“O Comitê Técnico do Clima, liderado pela professora Márcia Berreta, acabou trazendo integrantes de outros grupos que já vinham se articulando em relação às questões climáticas. Não resta dúvida da grandiosidade e pertinência dos estudos que foram sendo desenvolvidos pelo Comitê, que embasaram importantes construções de dados que permitiram, por exemplo, prever algumas das condições que iriam afetar essa ou aquela unidade da Uergs; quais as que mais foram afetadas pelas quantidades de chuvas e cheias dos rios e o que as previsões indicavam. Tais dados, somados a outros, vêm permitindo traçarmos caminhos mais assertivos quanto ao desenvolvimento das atividades na Universidade”, afirma Sandra. 

“A proposta da criação de um Observatório do Clima teve meu total apoio por entender que será essencial para uma instituição como a nossa. Reitero que, ao considerar o momento vivido, será preciso fomentar, cada vez mais, políticas que possam nos permitir possíveis adaptações à mudança do clima, pois somente assim poderemos ter melhores condições para enfrentar as desigualdades e adversidades que os estudos sobre o clima vem demonstrando até o momento”, acrescenta a reitora. 

Mais notícias

UERGS - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul