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Nota de esclarecimento sobre reposicionamento de Unidades do Campus II

Publicação:

Ilustração de uma mapa do Rio Grande do Sul no qual apenas a Região Dois das Unidades Universitárias da Uergs estão em destaque em tons de verde. Ao lado, a listagem dos nomes das Unidades.
Campus Regional II é composto por seis unidades.

O diretor do Campus Regional II, Rodrigo Koch, divulgou uma nota de esclarecimento sobre a reestruturação e reposicionamento das Unidades da Uergs na região. Compõem o Campus II as Unidades em Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Encantado, Montenegro, São Francisco de Paula e Vacaria.

Leia a nota na íntegra:

NOTA DE ESCLARECIMENTO

Esta nota tem por objetivo esclarecer as atividades administrativas da Região 2, no que tange ao tema: reestruturação/reposicionamento da universidade em face das crises política e econômica do estado do Rio Grande do Sul, evitando distorções, más e falsas interpretações dos fatos, através de ‘leituras errôneas’ do contexto atual em redes sociais.

Não é novidade (pelo menos para os conselheiros do Campus II: representantes de professores, funcionários e alunos das unidades que compõem a mesma) que desde o final do ano passado (sessão de dezembro) e com mais intensidade no primeiro semestre de 2017 (outras três sessões), que diante do cenário atual e histórico da Uergs, estamos debatendo a reestruturação e reposicionamento da região 2 (Unidades em Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Encantado, Montenegro, São Francisco de Paula e Vacaria) com objetivo de melhorar a qualidade dos serviços que prestamos para a sociedade dos municípios que constituem os Coredes (Vale do Caí, Vale do Taquari, Serra, Hortênsias e Campos de Cima da Serra) aos quais estamos inseridos, pois a universidade foi criada a partir dos Coredes e com a missão do desenvolvimento regional. Vale destacar que as sessões do Conselho Consultivo Regional – Campus II sempre foram, e sempre serão abertas para qualquer membro da comunidade acadêmica ou público externo e, inclusive, tem havido participação de outras instituições neste conselho. Portanto, não tratamos nada em segredo ou com intuito de trair algum órgão. Os assuntos tratados nestas sessões são de amplo conhecimento da gestão e, talvez, não tenham sido divididos com toda comunidade universitária porque por enquanto não há nada de concreto, ou seja, são apenas tratativas, estudos, e avaliações. Mas, para evitar novas distorções dos fatos e acusações descabidas, vamos esclarecer, tudo o que vem sendo discutido no Campus Regional II.

Estamos trabalhando com possibilidades de mudança de endereço (ou transferência) das unidades em Caxias do Sul e São Francisco de Paula. Caxias, após a conclusão dos estudos, pode se transferir para o município de Farroupilha (cidade 'colada' à Caxias). Este 'novo' local apresenta melhores condições de trabalho, bem como de oferta de serviços à comunidade do COREDE SERRA. Portanto, neste caso, estamos trabalhando com a ideia de manutenção da unidade na região de origem, e apenas buscando melhores alternativas para a mesma. Para quem conhece, a unidade em Caxias do Sul está há anos 'espremida' em um canto do Instituto Cristóvão de Mendoza e, queremos melhorar a condição de professores, funcionários e alunos, dando a possibilidade, inclusive, de no médio ou longo prazos ampliar a oferta de cursos na região, com mais atividades de pesquisa e extensão, o que hoje não é possível no espaço onde estamos alocados.

Da mesma forma, estamos buscando alternativas de espaços para a unidade em São Francisco de Paula dentro do COREDE HORTÊNSIAS. Atualmente trabalhamos com duas possibilidades, nos municípios de Canela e Gramado, em prédios com mais espaços físicos e melhores servidos de transporte público. Para quem conhece, a unidade está dividida em duas escolas à noite para poder atender as onze turmas de três cursos de graduação, mais o Mestrado. Nestes municípios vislumbramos também maiores possibilidades de parcerias e convênios. Saliento que todas as atividades de pesquisa e extensão hoje desenvolvidas em Caxias do Sul, São Francisco de Paula, e municípios pertencentes aos COREDES Serra e Hortênsias vão permanecer, não trazendo qualquer prejuízo aos cidadãos que hoje colaboram e se beneficiam dos mesmos. Também é importante frisar que os alunos que já estão em curso de suas graduações, têm o direito de concluir seus estudos nas unidades atuais, e só serão transferidos para as possíveis ‘novas’ unidades se assim desejarem.

Inicialmente a oferta do prédio em Canela (Escola Estadual de Educação Básica Neusa Mari Pacheco) seria para a unidade em Montenegro, mas após argumentação e debate interno no Campus II, houve a conclusão e opção por se buscar alternativas próximas à região metropolitana para os cursos de Artes Visuais, Dança, Música e Teatro, ou inclusive, na própria região metropolitana. Tal movimento já é feito há anos na Uergs e continuará sendo feito, pois é de conhecimento público que pagamos aluguel de quase 50 mil reais para a Fundarte e, há um consenso na Região 2 que isto é uma situação que precisa mudar em prol da própria universidade. Sabemos que isto poderá implicar em mudança de região da unidade, mas é fato que há necessidade de solução para esta questão.

Em Bento Gonçalves estamos estudando a mudança de endereço do espaço atual para um novo espaço (no próprio município de Bento Gonçalves), localizado ao lado de um terreno já doado para a Uergs e, com projeto para construção de laboratórios. Portanto, estaríamos concentrando em um único local da cidade nossas instalações atuais e futuras, evitando deslocamentos (ainda que dentro do município) dos alunos. Lembro a todos, que em épocas recentes, devido à falta de laboratórios na unidade em Bento Gonçalves já foi necessário o deslocamento de turmas para Novo Hamburgo para as aulas.

Também quero lembrar que pelo terceiro ano consecutivo decidimos não ofertar ingresso nos cursos de Administração: Rural e Agroindustrial (São Francisco de Paula) e Ciências Agrárias (Vacaria) por entendermos que não temos condições de oferecer uma graduação de qualidade pela falta de professores e infraestrutura, nestas unidades. Não podemos e não seremos irresponsáveis neste sentido. São cursos, que caso o cenário não mude, poderão e deverão ser extintos. O curso de Administração: Rural e Agroindustrial (Encantado) também está sob avaliação do Campus Regional II e, poderá passar por processo semelhante, caso não encontremos viabilidade de convênios ou parcerias na região.

Todas as mudanças serão tomadas após estudos criteriosos e tranquilos, observando critérios técnicos e, que contribuam para o desenvolvimento regional. Portanto, as situações expostas estão sob avaliação e, continuarão em debate neste segundo semestre de 2017.

Como todos podem perceber, são situações que 'mexem' com todas as unidades da Região 2 e, que não trazem nenhum ônus para a universidade; pelo contrário, à médio e longo prazos vão representar economia. A Região 2 não tem ficado inerte às crises política e econômica e, em conjunto, tem buscado alternativas para manutenção e melhoria dos serviços na região, evitando criar 'novos' problemas para a universidade.

É muito importante dizer que a Uergs não é responsabilidade dos municípios e, sim do Estado do Rio Grande do Sul, que nos últimos anos vem enxugando e cortando cada vez mais o orçamento da mesma. Diante deste quadro, que infelizmente está instalado, não podemos ignorar ou descartar auxílio das cidades que nos estendem as mãos, através da injeção de recursos diretos ou indiretos em nossa instituição. Inclusive, quero destacar que sempre mantivemos relação harmoniosa com as demais instituições nas quais dividimos as instalações até hoje. No entanto, consideramos inadmissível que após 16 anos continuemos em condições precárias. Por isso trabalhamos com a ideia de que as unidades não pertencem aos municípios e, sim estão ali para contribuir no desenvolvimento das regiões.

Para encerrar, acredito que os fatos estão esclarecidos e, solicito à comunidade acadêmica e público externo que se atenha aos comunicados oficiais e ações transparentes desenvolvidas, evitando dar margem a boatos ou fatos distorcidos em veículos de exposição (e não de comunicação), como são as redes sociais. Como sempre, sigo à disposição para responder sobre assuntos da Região 2. Sou transparente, ainda que isto me custe muitas vezes a antipatia de alguns.

Prof. Me. Rodrigo Koch

Diretor do Campus Regional II

 

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