Pesquisas
A pesquisa busca investigar o princípio político do comum por meio de estudos e práticas experimentais entre educação e artes visuais contextualizadas na atividade docente na Graduação em Artes Visuais (licenciatura) e no Mestrado Profissional em Educação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs). As duas atitudes metodológicas serão entrelaçadas para buscar princípios, práticas ou orientações do comum que possam produzir diferença ao agir político e à produção de conhecimento e outros modos de existência em educação e artes visuais. A investigação constituirá um arquivo sobre o comum, observando seu tratamento teórico e que alteridades pode haver em tal conjunto. Ao mesmo tempo, serão ativadas composições do comum na confluência entre arte e educação em práticas experimentais não restritas aos tempos e espaços idealizados para a docência universitária. A pesquisa visa contribuir à formação inicial e à atuação docente e, ainda que rubricada institucionalmente, busca formar comunidades que produzam o que ainda não está dito em educação e artes visuais.
Pesquisadora: Prof. Carmen Lúcia Capra.
Esta pesquisa tem interesse em expressões condicionantes, aquelas que na fala ou na escrita modulam intensidades e dimensões que podem ser de tempo, de espaço, de quantidade, de tamanho. Especula possibilidades de escrita e imagem originadas pela atenção a termos como não menos, nem sempre, até mais, tanto, desligados de substantivos e verbos, em exercícios e materialidades que abrangem escrita, crochê, fotografia e vídeo. Na companhia de proposições de artistas e textos da literatura, da arte e da filosofia, a pesquisa principia fazendo perguntas localizadas entre a definição de estados e a impossibilidade da precisão.
Pesquisadora: Prof. Carmen Lúcia Capra.
Esta pesquisa, vinculada ao Programa de Mestrado Profissional em Educação da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, teve o objetivo de, a partir de encontros de teatro realizados em conjunto com adolescentes em um projeto social no bairro Cavalhada, na cidade de Porto Alegre/RS, propor reflexões sobre “possíveis cenas de emancipação” Tomando-as como acontecimentos singulares e sensíveis que emergem a partir da experiência teatral, assim como os desafios encontrados no percurso. A investigação foi feita por meio da Prática como pesquisa (PAR), sendo que nesta postura investigativa, educadora e adolescentes implicaram-se juntos no processo de criação, demarcando a vivência e a experiência artística como o próprio método investigativo da pesquisa. Buscamos também refletir sobre os processos de educação não escolar como incentivo a pensarmos os possíveis vínculos entre educação não escolar e escolar. A pesquisa reuniu cenas, fragmentos de escritas, falas e imagens. O principal conceito abordado foi emancipação e no campo do teatro os principais autores estudados foram Augusto Boal, Julian Boal e Jorge Dubatti, na filosofia e educação as principais inspirações partem das obras de Jacques Rancière, Paulo Freire e bell hooks. Um produto educacional na forma de podcasts foi elaborado para docentes de teatro, a fim de contribuir em seus contextos de atuação, escolares e não escolares, oferecendo a ideia de que criamos situações em que as aulas de teatro puderam fomentar encontros potentes, singulares, junto aos adolescentes, e que, aqui, tratados como pesquisa, acionaram outras maneiras de poder percebê-los, dando atenção a alguns aspectos que talvez, na dinâmica corrida da vida e da docência, passem despercebidos, propondo importantes reflexões sobre os atravessamentos da docência e constituindo-se como uma contribuição para diferentes contextos educacionais.
Pesquisadora: Patricia da Silva Wiersbitzki.
Orientação: Carmen Lúcia Capra.
Coorientação: Leonardo Marques Kussler.
A partir do conceito elaborado pelo autor francês Georges Perec, o infraordinário, pretende-se inventar práticas investigativas em artes visuais conectadas à natureza, no e do cotidiano; aquela presente nas cidades e nos espaços da vida. A proposta metodológica consiste em leituras, práticas artísticas e discussões tanto partindo de Perec, quanto de autores como Ailton Krenak, Emanuele Coccia e Philippe Descola, e igualmente artistas como as brasileiras Louise Ganz e Ines Linke, que pensam a natureza cotidiana, evidenciando perspectivas que não limitam a cultura como algo separado da natureza. Pretende-se, como resultados da pesquisa, produzir artigos, trabalhos artísticos, exposições e publicações de artista catalisadores de uma investigação artística prática e teórica.
Integrantes: Mariana Silva da Silva – Coordenadora; Bruno de Andrade Campos – Integrante Bolsista IN
A atividade de extensão pretende acompanhar práticas investigativas em arte, processos de invenção e escrita baseadas nas artes (visuais, performáticas, sonoras, interdisciplinares) e na sua interlocução com o infraordinário (em diálogo com outras obras artísticas, literárias, filosóficas, etc.) em 4 encontros coletivos síncronos quinzenais e 8 horas de atividades assíncronas, sob forma de ateliê. O ateliê envolverá orientação de processos de criação, discussões sobre pesquisas, projetos acadêmicos e não acadêmicos, trabalhos artísticos, portfólio, projetos de exposição e residências, bem como escrita baseada nas artes. Parte-se da ideia de um ateliê infraordinário como espaço e tempo de experiências, testes e reflexões, em que os interesses e resultados serão conduzidos pelas próprias pessoas participantes com orientação da professora Mariana Silva da Silva. Participação voluntária das artistas Mayara de Lima (Bolsista de pesquisa INICIE/UERGS) e Mani Torres (egressa do curso Teatro-lic. e mestranda PPG em Artes Cênicas UFRGS).
Integrantes: Mariana Silva da Silva – Coordenadora; Mayara de Lima Breitenbach – Integrante Voluntária, Mani Torres – Integrante Voluntária.
A partir do conceito elaborado pelo autor francês Georges Perec (1936-1982), o infraordinário, pretende-se inventar práticas investigativas em artes visuais baseadas no cotidiano. A proposta metodológica consiste em leituras, práticas artísticas e discussões tanto partindo de Perec, quanto de autores e artistas que tangenciem o cotidiano e o infraordinário, conceito perecquiano essencial para muitos artistas, escritores e professores na contemporaneidade. Pretende-se como objetivos da pesquisa produzir artigos, trabalhos artísticos, planos de aula e publicações de artista catalisadores de uma investigação artística prática e teórica.
Coordenação: Mariana Silva da Silva; Bruno de Andrade Campos – Integrante Bolsista INICIE/ Larissa Borges Ferreira – Integrante Bolsista INICIE.
Como desenhar pedras (e outras infranaturezas): laboratório doméstico de desenho trata- se de um curso de extensão remoto que pretende aproximar artes visuais e natureza nas vivências cotidianas dos participantes. Aliado a um projeto de pesquisa O infraordinário como método investigativo em artes visuais, realizado no curso Artes Visuais – licenciatura (Uergs, Unidade de Montenegro) desde 2019, partirá-se do conceito de infraordinário elaborado pelo autor Georges Perec como delimitação de experiências cotidianas com arte e natureza, mais especificamente um laboratório experimental com a linguagem do desenho e a observação da natureza infraordinária, inserida no cotidiano doméstico de cada participante. Procurar- se-á promover debates sobre natureza e sustentabilidade pela perspectiva das artes. Entendendo o desenho como linguagem e prática humanas de observação, investigação e invenção procurar-se-á promover um curso que enfoque a natureza a partir do olhar inventivo das artes visuais. O curso será ministrado pela docente proponente deste projeto e por estudantes do curso de licenciatura, possibilitando igualmente uma experiência de iniciação docente aos alunos bolsistas.
Integrantes: Mariana Silva da Silva – Coordenador; Bruno de Andrade Campos – Integrante Bolsista PROEX; Larissa Borges Ferreira – Integrante Voluntária.
O projeto Através da Imagem foi reestruturado para neste período de quarentena acontecer de forma remota. Inicialmente estamos trabalhando nos arquivos e na memória do projeto para atualizar o site e redes sociais. O projeto também tem a intenção de oferecer mostras fotográficas e encontros com artistas e teóricos da área para continuar com o seu propósito de apreciar, debater e pensar as questões da fotografia.
Coordenação: Profª. Mariane Rotter; Acadêmico bolsista Probex – Uergs: Átila Alexius.
A partir de textos do autor francês Georges Perec (1936-1982) inventar práticas investigativas em arte e educação baseadas no cotidiano. A proposta consiste em leituras, práticas e discussões tanto de Perec, quanto de autores e artistas que tangenciem o cotidiano e o infraordinário, conceito perequiano que será nosso ponto de partida. Pretende-se ao fim do semestre produzir textos e/ou artigos, aulas, oficinas, trabalhos artísticos, publicações e o que mais for gerado.
Coordenação: Profª. Mariana Silva da Silva.
Integrantes: Andreia Salvadori; Tatiane dos Passos de Oliveira; Daiani Picoli; Fernanda Hilgert; Lucas Pacheco Brum; Aline Kauana Cezar; Savana Fuhr Flores; Raphael Junior Almeida Batista; Gustiele Regina Fistaról; Susana Tebaldi Toledo; Marlise do Rosário Machado; Bruno de Andrade Campos; Larissa Borges Ferreira; Lau Graef; Mani Torres.
A pesquisa Glossário da Imagem dá sequência à composição de uma atividade iniciada no componente Estudos da Imagem do primeiro semestre da Graduação em Artes Visuais – licenciatura da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), em 2019. Visa constituir um conjunto de termos de referência que são recorrentes nos modos de lidar com imagens na formação docente, fornecendo um subsídio de estudo. A pesquisa trabalha com a complexidade produzida entre a seleção e a definição dos termos, a escolha de uma imagem como exemplo e de outra imagem como “contra-exemplo”. Antes de ser apenas o contrário da primeira imagem, o contra-exemplo faz o tensionamento da própria ação de definir, exercitando essa ação em diferentes intensidades. Busca-se contribuir para a formação docente em artes visuais por meio da contextualização dos conhecimentos que se localizam no entorno das imagens e o seu simultâneo tensionamento, especialmente aqueles mais caros à confluência entre educação e artes visuais.
Coordenação: Profª. Carmen Lúcia Capra.
Acadêmicas voluntárias: Melissa Lima, Natalia Brock, Samantha Sommer e Laís Guterres
A pesquisa pretende, a partir da biografia e trajetória de Marc Ferrez, estudar a fotografia no Brasil do século XIX e as representações de negros e negras no período e na produção do fotógrafo. Para tanto, pensaremos a fotografia moderna no Brasil não apenas como uma forma de documentar um país que alcançava o ápice de sua modernidade, mas também, como narrativas visuais, imagens que além de criar discursos, são em si mesmas um próprio discurso. Serão realizados levantamentos bibliográficos e pesquisa de imagens para contornar o tema estudado.
Acadêmica: Ana Carolina Cecchin Chini.
Orientação: Prof. Igor Simões
Visa analisar os modos como a licenciatura em artes visuais é apresentada em vídeos institucionais de universidades brasileiras, realizados para publicidade, a fim de contribuir para o debate sobre a constituição de cursos de licenciatura, especialmente licenciatura em artes visuais, tendo no horizonte a atribuição precípua desse curso: a formação docente para a atuação na educação básica. Os vídeos, em princípio, são veículos de informação e de publicidade das instituições e dos cursos, porém nesta pesquisa serão considerados como narrativas sobre a licenciatura em artes visuais. Eles descrevem, informam e publicizam não apenas o que existe de fato, mas narram ou representam o que neste momento é compreendido como verdadeiro para o curso. O referencial teórico detém-se principalmente em Michel Foucault em conexões com Jacques Rancière, Jorge Larrosa e Jan Masschelein e autores latino-americanos que estudam a educação, como Julio Groppa Aquino, Silvio Gallo e Inês Dussel e Carlos Skliar, além das diretrizes nacionais para o curso. Pretende-se descrever as principais formas de ser e agir atribuídas aos alunos da licenciatura em artes visuais em vídeos institucionais de universidades brasileiras, a fim de problematizar esses modos em relação à agenda da educação escolar. A metodologia compreende o inventário dos vídeos nos canais de universidades no Youtube, a descrição de elementos narrativos (lugares, ações, dizeres) e posterior análise, energizada pela postura teórico-metodológica da problematização foucaultiana (FOUCAULT, 2014). A pesquisa pretende contribuir à reflexão sobre a formação docente em artes visuais, o que tem implicação direta no fortalecimento da presença da arte nas escolas.
Palavras-chave: licenciatura, artes visuais, formação docente, educação básica.
Coordenação: Prof. Carmen Lúcia Capra.
Colaboradores: Igor Moraes Simões (2018), Daniel Bruno Momoli (2018-2020).
Bolsistas IniCie – Uergs (2018): Raphael Júnior Almeida Batista e Jordana dos Santos
A pesquisa busca compreender quem são as indígenas brasileiras do século XIX e como a obra de Freyre influenciou e influencia na leitura de suas representações. Para tanto serão realizados levantamentos bibliográficos e de imagens com objetivo de realizar leitura e análise.
Palavras Chave: mulheres indígenas, século XIX, representações
Acadêmicas: Aline Chaves e Kerolin Buss.
Orientação: Prof. Igor Simões.
Este projeto de pesquisa tem a intenção de estabelecer parceria com o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul – MACRS, focando na pesquisa do acervo de obras fotográficas desta instituição. Tem a intenção de dar início a um convênio entre as duas instituições Uergs e MACRS, pretende constituir parceria com as equipes a fim de pesquisar o acervo de fotografias, criar meios para melhor organizar, categorizar e dar visibilidade a este acervo fotográfico. Palavras-chave: Fotografia, acervo, documentação, exibição.
Coordenação: Profª. Mariane Rotter.
Acadêmico bolsista IniCie – Uergs: Raphael Júnior Almeida Batista.
A pesquisa tem como objetivo principal a produção de um inventário que visa conhecer e pensar estratégias curatoriais que promovam artistas negres no Rio Grande do Sul. Para tanto, se propõe a refletir de que formas o quesito raça atravessa a produção desses artistas. Foram realizadas buscas por artigos acadêmicos, materiais pedagógicos e de instituições de arte locais. Além disso a análise metodológica de pesquisas com recorte temático semelhante indica possibilidades de tratamento para os dados coletados em sua fase atual.
Palavras chave: Artistas negres, raça, Rio Grande do Sul
Acadêmicas: Caroline Leite Ferreira e Jordana dos Santos Lima.
Orientação: Prof. Igor Simões