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Semana do Meio Ambiente tem atividades sobre Ambientes Polares e Marinhos, em Canoas

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Semana Polar Internacional ocorre de 4 a 7 de junho, em Canoas.
Semana Polar Internacional ocorre de 4 a 7 de junho, em Canoas. - Foto: Maurício Farias

A Semana Polar Internacional do Colégio Maria Auxiliadora, em Canoas, ocorre de 4 a 7 de junho, em parceria com a Uergs. No mesmo período, a Comissão Organizadora da Olimpíada Nacional de Conhecimentos sobre Ambientes Marinhos e Polares (PolarOn) realiza reuniões de planejamento para o lançamento do edital da primeira edição, previsto para agosto deste ano.

Ao longo da semana ocorrem diversas atividades como oficinas e palestras para um público formado por estudantes do Ensino Fundamental e Médio do Maria Auxiliadora e de escolas do Programa de Escolas Associadas PEA-Unesco do município e de Novo Hamburgo. Entre os temas abordados estão aspectos da paleontologia, clima, vegetação, fauna e conservação da Antártica, além das consequências das mudanças climáticas na nossa vida, entre outros. A diretora do Colégio, Janete Coling, reforçou a importância da realização destes eventos na Semana de Meio Ambiente, e da parceria entre universidade e escolas.

Participam das reuniões de planejamento da 1ª PolarOn pesquisadores vindos de diversas regiões do país que se dedicam a pesquisas sobre a Antártica e o Ártico. Entre eles estão Ana Olivia Reis, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), que trabalha com parasitos de aves da Antártica; Fernanda Quaglio, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), paleontóloga que realiza estudos sobre fósseis na Antártica; Ana Paula Forgiarini, da Fundação Universidade do Rio Grande (Furg), apresentando os trabalhos do Laboratório de Monitoramento da Criosfera que, entre outras análises, realiza previsões sobre o degelo e o deslocamento de massas de gelo da Antártica.

O grupo também conta com a pesquisadora Juçara Bordin, da Uergs, que trabalha com vegetação Antártica, mais especificamente com briófitas e a pesquisadora Manuela Bassoi, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que trabalha com fauna do Ártico e da Antártica, e realiza estudos sobre levantamento e monitoramento de populações de baleias.

Além dos pesquisadores presentes no evento, outros estão realizando palestras utilizando video-conferência.  Sandra Freiberger (APECS-Brasil), ministra palestra sobre curiosidades do Continente Antártico; Silvia Dotta, da Universidade Federal do ABC, ministra uma palestra sobre o uso de vídeos no ensino; Juliana Souza e Gerusa Radicchi realizam palestras internacionais, diretamente da Polônia e da Espanha, respectivamente. Juliana é aluna de doutorado da UFRJ, trabalha com contaminantes em aves marinhas e Gerusa, aluna de doutorado da Universidade Federal de Minas Gerais, realiza investigações sobre histórias, imaginários e a preservação do patrimônio cultural polar. Ambas estão no exterior realizando doutorado sanduíche. Já a aluna de Mestrado da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Militar da Força Aérea Brasileira Isabel Rabello conversa com os estudantes sobre como conciliar carreiras acadêmica e militar.

A PolarOn foi criada e é coordenada pela pró-reitora de Extensão da Uergs, Erli Schneider Costa, que esteve na Antártica por 13 vezes, de 2002 a 2013, estudando aves antárticas. De acordo com Erli as Olimpíadas do Conhecimento são importantes ferramentas para transformar a realidade da educação no país ao proporem atividades que permitem aos estudantes e professores serem protagonistas de ações que transformam efetivamente a realidade, por meio da observação de problemas e aplicação de conhecimentos para solucionar estes problemas.

Fernanda Quaglio, da Unifesp, reforçou a importância de colocar os estudantes da Educação Básica em contrato com a ciência. “Não é só incentivar os alunos a serem pesquisadores, mas é mais importante ensiná-los a pensar como cientistas, porque o pensamento científico nos traz luz, nos traz não só o conhecimento, mas nos facilita encarar a vida de uma forma melhor. É sempre importante que as pessoas saibam pensar de forma científica e isso vai trazer ganhos para todo mundo, para o indivíduo, mas também para a sociedade”, disse.

“A Antártica acaba servindo como um exemplo para entender de que forma os ambientes podem ser afetados pela ação humana e como ela já é destinada à Ciência dentro de um Protocolo. Todas as atividades científicas desenvolvidas lá têm esse viés de entender esse ambiente que é o mais bem preservado que a gente tem apesar de não ser completamente isolado e de que forma esse ambiente está mudando e o homem é responsável por essa mudança”, acrescenta Fernanda.

Durante o evento, a coordenadora de Pesquisa da Uergs, Débora Matos, apresentou a Olimpíada Nacional de Desenvolvimento de Aplicativos.

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