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Em São Luiz Gonzaga, Uergs cria rede de apoio para pessoas em isolamento

Iniciativa promove ações de acompanhamento às pessoas em distanciamento social a partir de conversas e proposição de atividades.

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Cada voluntário atende cerca de cinco idosos.
Cada voluntário atende cerca de cinco idosos.

Para estimular a população local a  manter o isolamento social necessário para conter a disseminação e se prevenir da Covid-19,  a Unidade da Uergs em São Luiz Gonzaga lançou o projeto Fique em casa com a Uergs. A iniciativa promove ações de acompanhamento às pessoas em distanciamento social a partir de conversas e proposição de atividades físicas e de entretenimento. O público-alvo são idosos que residem nas mesmas ruas que os voluntários. 

O grupo de voluntários, formado por estudantes da Uergs e por professores da Uergs e da Rede Municipal de Ensino Básico da Região, são responsáveis por estar em contato com pessoas idosas, enviando duas vezes por dia conteúdos e atividades para os participantes do Programa. Também auxiliam em atividades básicas como compras de alimentos, medicamentos, produtos de higiene pessoal, e demais necessidades. O projeto é uma iniciativa da professora Arisa da Luz, da Uergs em São Luiz Gonzaga.

Outra ação é o incentivo à realização de uma atividade ao ar livre que estimule as pessoas acompanhadas a tomar sol. Todas as iniciativas sempre respeitam a recomendação pelo distanciamento social e seguem as orientações das organizações de saúde.

Liliosa Rodrigues, estudante do curso de Pedagogia da Uergs, explica que se voluntariou ao projeto pois, além de poder auxiliar aquelas pessoas que mais precisam de ajuda, enxerga no momento que vivemos uma oportunidade de refletir sobre si mesma. A estudante escreve cartas para os idosos que têm acompanhado, porque eles não possuem equipamentos que viabilizem o contato por mensagens eletrônicas. Além disso, tem  incentivado o cultivo de pequenas hortas em seus quintais, como modo de praticar atividades ao ar livre e de manter contato com a natureza.

Já Rovian Silva, aluno da Especialização em Gestão em Educação, além de dialogar com os idosos que têm acompanhado, está produzindo materiais com informações e orientações relacionadas à Covid-19, para serem divulgados nas redes sociais. “O projeto está sendo bem aceito. Eu consigo dialogar e tirar dúvidas [das pessoas]. Então, neste momento, é mais um trabalho de compartilhamento” ele afirma.

A experiência tem permitido também que pessoas como Tatiana Machado, professora da rede de ensino básico de Candelária e uma das voluntárias do projeto, consigam estar mais próximas de seus familiares e amigos. Ela tem acompanhado seus pais, duas tias e  uma vizinha, auxiliando-os em atividades diárias, como ir ao mercado e à farmácia. Outra ação que tem praticado é a da escuta, de se colocar como ouvinte destas pessoas, em um período em que elas precisam estar em recolhimento. 

A solidariedade tem se mostrado um dos caminhos para superar a crise que enfrentamos. Olhar o próximo, pensar as ações dentro das relações construídas no dia a dia e refletir sobre o outro, pode dar forças para levar lições positivas deste momento. Rovian acredita que esta é uma oportunidade para romper barreiras sociais e de olhar olhar aqueles que estão ao nosso lado. “Podemos desenvolver, também, mais empatia pelo próximo. Pensar essas questões da saúde de pessoas que não têm acesso e enfrentam muitas dificuldades para ter um atendimento médico, mesmo no SUS. Então, este é um momento que, para uma grande parcela, será muito transformador”, conclui.

 

Texto: Émerson Santos

Edição: Daiane de Carvalho Madruga

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