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Pesquisa sobre a deriva de animais marinhos realiza a segunda expedição no Litoral Norte Gaúcho

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Pesquisadores lançam ao mar carcaças de animais marinhos que foram encontrados mortos nas praias gaúchas.
Pesquisadores lançam ao mar carcaças de animais marinhos que foram encontrados mortos nas praias gaúchas. - Foto: Paulo Ott

O grupo de pesquisadores que está investigando a deriva de animais marinhos no Litoral Norte gaúcho realizou a segunda expedição na terça-feira (21).  Com o auxílio de uma embarcação, os pesquisadores lançaram novamente, em cinco pontos entre Tramandaí e Cidreira, flutuadores e carcaças de animais marinhos (toninhas, tartarugas e aves) que foram encontrados mortos nas praias gaúchas. A pesquisa faz parte do projeto "Conservação da toninha no Litoral Norte do Rio Grande do Sul", coordenado pelo Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (Gemars), em parceria com a Uergs, o Ceclimar/Ufrgs e a Unisinos. A primeira expedição havia sido realizada em fevereiro desse ano.

Conforme o biólogo Maurício Tavares, do Ceclimar, devido à grande participação e colaboração da comunidade, cerca de 35% das carcaças e 75% dos flutuadores utilizados no primeiro experimento foram recuperados. “Desta vez, estamos utilizando também um número maior de rastreadores que auxiliarão a compreender melhor a dinâmica de deriva dos animais, explica o biólogo. Todas as carcaças e garrafas receberam novamente um código de identificação, além de um telefone para contato via Whatsapp, e e-mail para contato” explica o biólogo.

Com a participação da população, os pesquisadores também já começaram a recuperar informações sobre as carcaças e flutuadores lançados em alto mar no início desta semana. O primeiro rastreador que estava em uma toninha foi encontrado na manhã desta quinta-feira (23) na orla de Imbé. A expectativa é que mais materiais comecem a encalhar nos próximos dias.

O professor Paulo Ott, da Uergs e pesquisador do Gemars, informa ainda que durante esta última expedição também foram coletados dados sobre o fundo marinho, incluindo o mapeamento de formações geológicas ainda pouco conhecidas na região, como os parcéis submersos. “Estas formações, além de fornecerem valiosas informações sobre a evolução de nosso litoral, como as variações ocorridas no nível do mar ao longo do tempo, são importantes locais de concentração e reprodução de diversos animais marinhos”, destaca o pesquisador.

A realização do Projeto é uma medida compensatória estabelecida pelo Termo de Ajustamento de Conduta de responsabilidade da empresa Chevron, conduzido pelo Ministério Público Federal (MPF/RJ), com implementação do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

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