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Uergs em Osório participa de experimento sobre deriva de animais marinhos

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Pesquisadores irão percorrer de barco cerca de 30 quilômetros entre Cidreira e Tramandaí
Pesquisadores irão percorrer de barco cerca de 30 quilômetros entre Cidreira e Tramandaí - Foto: Paulo Ott

A Unidade da Uergs em Osório é uma das instituições parceiras em um experimento realizado a partir desta segunda-feira (4), no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, que tem o objetivo de entender a atuação das correntes marinhas e dos ventos na deriva dos animais marinhos na região.

Pesquisadores tomaram o cuidado de utilizar garrafas de vidro e não de plástico em razão dos danos que o plástico causa ao mar
Pesquisadores tomaram o cuidado de utilizar garrafas de vidro e não de plástico em razão dos danos que o plástico causa ao mar - Foto: Paulo Ott

Para o professor Paulo Ott, docente da Unidade em Osório, o experimento pode ajudar a entender quanto tempo um animal morto leva para chegar na praia, quantos deles chegam e também a distância que o animal percorreu até chegar à costa. “Se a gente encontra uma baleia ou um golfinho, por exemplo, em Tramandaí, não necessariamente ele morreu em Tramandaí. A gente quer entender de onde ele pode ter vindo. Esse experimento ajuda a gente e entender melhor como é essa dinâmica”, explica o professor.

O biológo e Maurício Tavares, membro do Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (Ceclimar) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, outra instituição colaboradora do projeto, explica que o experimento se dará através do lançamento de 150 garrafas de vidro e 45 carcaças de animais encontrados mortos ao mar.

Além dos pesquisadores, a população da região terá um papel importante na realização do experimento, pois tanto as garrafas quanto as carcaças contêm códigos de identificação, telefone e e-mail para contato, para que as pessoas informem os pesquisadores ao encontrarem os materiais. Essa estratégia possibilitará a recuperação do maior número possível de garrafas e carcaças lançadas ao mar. Além disso, será possível saber com maior precisão o tempo e a distância percorrida pelos materiais, destaca Maurício Tavares. 

O experimento faz parte do projeto “Conservação da Toninha no Litoral Norte do Rio Grande do Sul”, coordenado pelo Grupo de Estudos de Mamíferos Aquáticos do Rio Grande do Sul (Gemars) em parceria com a Uergs, o Ceclimar/UFRGS e a Unisinos.

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