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Uergs promove Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Territorial do Pampa

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Público presente no evento, de frente para o palco. À esquerda, ao lado do palco, banners das instituições promotoras do Seminário seguidos de quatro bandeiras. Ao centro, um telão com o conteúdo de uma das palestras e, à direita, um palestrante em pé.
Evento reuniu cerca de 300 pessoas.

A produção de soja no Bioma Pampa e seus impactos sociais, econômicos e ecológicos foram temas debatidos no “I Seminário Internacional sobre Desenvolvimento Territorial do Pampa: a Soja a Sustentabilidade em Questão”, que aconteceu nos dias 22 e 23 de setembro de 2016, em Santana do Livramento.

De acordo com o coordenador do evento, professor Márcio Zamboni Neske, da Uergs, o objetivo maior do seminário foi promover o debate em torno da problemática da soja no Pampa do Brasil, Uruguai e Argentina, com vistas à geração de conhecimentos e trocas de experiências que permitam compreender as dinâmicas associadas a sua expansão e consequências ambientais, sociais, econômicas e culturais, bem como, reunir elementos que sejam vetores de promoção, valorização e fortalecimento de estratégias desenvolvimento aliadas à conservação do Pampa.

“O avanço progressivo e implacável da soja no Pampa tem sido gerador de impactos irreparáveis, como a perda da biodiversidade, a concentração fundiária, a geração de desigualdades e a exclusão de populações rurais. Os problemas relativos a essa dinâmica de reordenamento espacial tem legitimado a territorialização crescente do capital sobre o Pampa, o exige, de forma urgente, ações que sensibilizem e alertem a sociedade para os riscos desse modelo depredatório de desenvolvimento”, destacou.

Durante os dois dias, o seminário abordou temas como o avanço do agronegócio da soja e seus impactos no pampa, políticas públicas e modelos de produção sustentáveis. Cerca de 300 pessoas ouviram palestrantes de brasileiros e uruguaios, além de agricultores e pecuaristas familiares que também relataram histórias de vida na zona rural dos dois lados da fronteira.

Como encaminhamento do seminário foi elaborada uma carta de intensões para o poder público e instituições participantes demandando uma série de questões que dizem respeito à conservação e desenvolvimento do Pampa. Essa carta será apresentada ao colegiado territorial do Pampa solicitando a criação de uma câmara temática do Bioma Pampa dentro do colegiado. Também já ficou sinalizada a realização da segunda edição do seminário, que acontecerá no Uruguai em 2017.

O evento foi organizado por um conjunto de instituições parceiras do Brasil e Uruguai, entre as quais, a Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-Rio-Grandense (IFSul), Universidad de la República Uruguay (Udelar), Cooperativa de Prestação de Serviços Técnicos em áreas de Reforma Agrária (Coptec), Cooperativa Regional dos Assentados da Fronteira Oeste Ltda (Coperforte), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Núcleo de Extensão em Desenvolvimento Territorial do Pampa (Nedet/Pampa).

 

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