Estudantes de Engenharia de Computação da Uergs participarão de Hackathon de tecnologia em Brasília
Grupo foi classificado na competição pela criação de aplicativo de apoio e atendimento psicológico para policiais militares.
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Estudantes da graduação em Engenharia de Computação da Uergs desenvolveram um aplicativo para apoiar trabalhadores(as) da Segurança Pública no cuidado com a saúde mental. A iniciativa partiu de um desafio proposto na Hackathon de Tecnologias Disruptivas promovida pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). O produto foi classificado para a próxima fase da competição, que acontecerá em Brasília entre os dias 18 e 20 de março de 2025.
O aplicativo “Brother Myself”, criado na Uergs, é uma plataforma digital de autoavaliação e apoio psicológico que aproxima policiais de profissionais de saúde mental. A intenção é auxiliar os(as) profissionais de segurança pública de uma forma acessível, simples e eficiente, considerando a importância dos cuidados com a saúde mental no contexto de quem atua na área da Segurança Pública.
Policial militar aposentado e estudante de Engenharia de Computação da Uergs, André Luís Pithan conhece bem a realidade de quem atua na Segurança Pública e muitas vezes também precisa de um atendimento adequado para desempenhar suas funções da melhor forma. “Pessoas com tamanha responsabilidade profissional estão sujeitas às mais diversas mazelas decorrentes de seus ofícios e carecem de atenção especial, pois é a eles que a sociedade designa constitucionalmente sua proteção e autoriza, em nome dela, o uso da força quando necessário”, afirma.
Além de André, o desenvolvimento do aplicativo envolveu mais quatro estudantes que estão no terceiro e no quarto semestres do curso de Engenharia de Computação: Felipe Martin Leão, Gustavo Mendes, Karollini Moraes e Maryanna Magalhães.
Uma das bases do aplicativo é o Inventário de Depressão de Beck, uma ferramenta padrão utilizada mundialmente para avaliação da depressão e aprovada no Brasil pelo Conselho Federal de Psicologia. Após fazer a autoavaliação, as pessoas usuárias da plataforma poderão solicitar uma consulta com profissionais de saúde mental, que receberão alertas sempre que houver uma demanda.
Acesse o vídeo de apresentação do aplicativo, elaborado pelo grupo de estudantes.
Participação na Competição
A Hackathon de Tecnologias Disruptivas para Segurança Pública classificou 24 equipes em três categorias, que lançaram diferentes desafios: desenvolvimento de plataforma de colaboração entre cidadãos e polícia; criação de sistema de rastreamento de objetos roubados; e desenvolvimento de plataforma de autoavaliação de saúde mental. O objetivo é estimular o desenvolvimento de soluções tecnológicas inovadoras para problemas enfrentados pela Segurança Pública.
A elaboração da proposta pelo grupo da Uergs foi literalmente um desafio, conforme contam os(as) estudantes, especialmente pelo prazo para o desenvolvimento e apresentação da proposta, que foi enviada em dezembro de 2024. “Nesse período estávamos em meio às provas finais de semestre, com diversas demandas acadêmicas. Foi necessária uma organização e divisão de tarefas, desde a parte de pesquisa do tema, busca de instrumento usado pelo Conselho Federal de Psicologia, da ideia à realização do aplicativo propriamente dito, e da confecção final do pitch [apresentação resumida do projeto]”, relata Maryanna.
Agora, o grupo se prepara para a etapa que ocorrerá em Brasília, para onde devem viajar na próxima segunda-feira (17/03). Os preparativos para os dias de maratona na Capital Federal também têm sido intensos e o grupo continua dividindo tarefas para trabalhar no refinamento do aplicativo, nos códigos e no banco de dados.
Tudo isso com base em conhecimentos desenvolvidos no curso de Engenharia de Computação, somados aos aprendizados adquiridos durante a participação na Hackathon. A competição reúne estudantes, pesquisadores, startups e profissionais de tecnologia. Nas próximas fases da Hackathon, há mentorias e sessões para refinamento de projetos.
“Conseguir a classificação foi maravilhoso, agora estamos trabalhando duro para entregar o nosso melhor nessa próxima fase”, afirma Karolini. Para Gustavo, o sentimento é de reconhecimento do trabalho do grupo e da Uergs. “Uma grande oportunidade de aprendizado e experiência”, celebra.
A expectativa é de que o aplicativo seja implementado em âmbito federal pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública em cooperação com os estados. Ao participar da Hackathon, os direitos autorais do produto são tornados públicos para facilitar a cooperação e a possibilidade de implantação. “Pela relevância do tema, também estamos estudando a possibilidade de, após a Hackathon, oferecer algo similar às prefeituras municipais, caso não sejam contempladas pelo Governo Federal”, projeta André.
Por: Daiane de Carvalho Madruga.
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