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Roda de Conversa aborda a trajetória de mulheres negras nas ciências

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COMPUTADOR EXIBINDO UM FRAME DA LIVE
O encontro foi organizado com a intenção de compartilhar a trajetória de vida das cientistas convidadas.

Apesar dos avanços sociais conquistados pelas mulheres, a presença feminina nos espaços de produção científica seguem desiguais, principalmente para mulheres negras. Para aprofundar essa discussão, no dia 27 de julho o Projeto de Extensão “Meninas nas Ciências: Vencendo Desafios para a Inclusão e Diversidade de Gênero e Raça” realizou uma roda de conversa virtual com cientistas negras que compartilharam suas trajetórias no mundo das Ciências Exatas e Naturais. A atividade foi o evento de abertura da nova edição do Projeto e também marcou a passagem do 25 de julho, que é celebrado como o Dia Nacional da Mulher Negra e o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha. A conversa pode ser acessada na página do Projeto.

De acordo com a professora Marta Nunes, uma das coordenadoras do projeto e mediadora da conversa, o encontro foi organizado com a intenção de compartilhar a experiência das cientistas convidadas, considerando que conhecer a trajetória de vida de outras pessoas desenvolve a aproximação e a construção de referências para que outras mulheres possam impulsionar suas carreiras. As convidadas foram Letícia Guimarães, professora do curso de Engenharia de Computação da Uergs em Guaíba, e Brenda Ester, acadêmica do curso de Matemática da Universidade Federal do Amazonas e participante do projeto Caboclas Kirimbaua Auaeté na Ciência.

Marta, que é professora de química na Uergs, conta que, ao voltar de seu pós-doutorado na Universidade da Califórnia com a ideia de pesquisar fatores que impedem o progresso de mulheres negras no mundo das Ciências Naturais e Exatas, propôs que o Meninas nas Ciências fosse um projeto que trabalhasse não apenas divulgação científica, mas que também pensasse as questões relacionadas a gênero e raça.

A professora enfatiza que, apesar de a palavra “cientistas” ser um substantivo comum de dois gêneros, as pessoas são acostumadas a pensar em um perfil específico quando se referem a quem trabalha na produção científica. “É mais comum a gente pensar, quando se ouve a palavra cientista, numa figura como Albert Einstein ou na figura do cientista do [filme] ‘De volta para o futuro’, do que em figuras como a Marie Curie ou a Shuri do ‘Pantera Negra. Então, por mais que seja uma palavra comum de dois gêneros, a gente remete para uma figura masculina, branca e normalmente com uma certa idade’”, comenta.

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