#Include<Gurias>: projeto da Uergs que busca expandir a atuação de meninas nas exatas
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Estamos no século XXI, onde a computação, a cibernética, a robótica, estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano. A tecnologia se desenvolve a cada dia de forma mais acelerada. Porém, ao observar quem são as pessoas que protagonizam a construção destas ferramentas, ainda nos deparamos com o baixo número de mulheres ocupando esses espaços. Com o objetivo de contribuir para a construção de um novo cenário, em 2018 a Uergs lançou o projeto #Include, uma iniciativa que busca despertar o interesse das meninas pelo campo tecnológico, além de divulgar as áreas das Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática.
Desenvolvido em cinco escolas de Ensino Fundamental da rede pública de Guaíba, a iniciativa atende cerca de 100 alunas, que são desafiadas a utilizar sua criatividade e capacidade intelectual para desenvolver programas, robôs, jogos, sistemas, e diversas outras atividades que as aproximem das inovações tecnológicas e das ciências exatas. As meninas também são apresentadas, por meio de sessões de cinema, à outras mulheres que tiveram papeis importantes nos avanços tecnológicos, construindo novas referências para as participantes. O projeto foi contemplado no edital "Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação", com financiamento pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Para Fabrícia Damando, professora do curso de Engenharia da Computação da Uergs e coordenadora do projeto, é fundamental que as meninas possam se ver representadas nas áreas das Exatas para que possam compreender que elas têm a capacidade e a possibilidade escolher seguir qualquer profissão. “O tempo mudou e estamos nós, mulheres, mostrando nosso potencial nas Ciências Exatas! Cada vez mais a representatividade pode fazer a diferença. Buscamos mostrar às meninas de escolas de Ensino Fundamental que elas têm capacidade intelectual para escolher qualquer área que desejam seguir, inclusive a área das Exatas”
Damando fala que o histórico da luta das mulheres pelo direito à educação mostra que elas permaneceram por muito tempo à margem dos processos educacionais, e que o reflexo disso é visto até hoje. Ela conta que os cursos de Engenharia ainda são compostos, em sua maioria, por homens, chegando a cerca de 73% dos alunos em sala de aula, contra 27% de mulheres.
O #Include já realizou palestras sobre mulheres nas exatas, promoveu oficinas com o AlgoCads – baralho que estimula a construção do pensamento computacional -, oficinas de programação em blocos usando o Scratch, um software criado para que crianças e adolescentes possam explorar suas habilidades em construir histórias interativas, jogos e animações e também oficinas de programação com pyhton, uma linguagem de programação de alto nível.
“Ao desenvolver atividades inclusivas envolvendo fortemente as meninas e apresentando relações básicas com programação e raciocínio lógico, é possível demonstrar que elas são capazes de solucionar problemas utilizando códigos de programação, de compreender os problemas e solucioná-los de forma colaborativa, e que possuem capacidade para atuar nessa área, precisando, muita das vezes, de novas oportunidades e de referências femininas da área”, conclui a professora.
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